Com certeza já ouviu falar muito sobre o vinho madeira. Famoso na culinária, é o vinho utilizado no também famoso molho madeira.
O que é vinho madeira?
O Vinho Madeira é um vinho fortificado, com elevado teor alcoólico. É envelhecido ao calor, e produzido na região com Denominação de Origem da Madeira a partir de cerca de 5 tipos de uvas diferentes.
Chega ao mercado em diversos teores de açúcar de suave à seco, sendo classificados como: Seco, Meio Seco, Meio Doce ou Doce, todos marcados por seus altos níveis de acidez.
Esta acidez acentuada é o resultado direto da sua localização: um arquipélago, bem ao largo da costa noroeste do Marrocos, composto por duas ilhas habitadas – Madeira e Porto Santo, além de duas delas desabitadas, chamadas de Deserta e Selvagem.
Todo o vinho madeira é produzido em 500 hectares de solo vulcânico, localizados principalmente na costa norte da ilha, é ali que as vinhas balançam precariamente em encostas que desafiam gravidade.
São verdadeiras escadas gigantes e cada degrau, os portugueses chamam de “poios”. O único jeito de fazer a colheita, claro, é de forma manual.
Já para a irrigação, a água é historicamente captada das partes mais altas da ilha (cerca de 1800 metros de altitude) e canalizada através de 2150 km de canais artificiais denominados “levadas” – muitos dos quais datam do século XVI.
Com qual uva é feito o vinho madeira?
Cerca de 90% da produção total do vinho Madeira é feita através da casta Tinta Negra, enquanto os outros 10% se dividem entre Sercial, Boal, Verdelho e a Malvasia, e são escolhidos para elaboração dos rótulos finos.
Esses últimos dão vinhos Madeira mais simples. São envelhecidos em canteiro. Os ditos “Canteiros” são estruturas de madeira permitem que os barris de vinho fiquem o mais alto possível, mais próximo das telhas dos galpões, pegando mais calor. Isso acontece por pelo menos 2 anos.
É esse processo que traz características únicas e aromas intensos e complexos a esse tipo de Vinho Madeira mais simples. Eles só podem ser comercializados 3 anos depois do dia 1 de janeiro do ano da colheita.
Como fazer o molho madeira?
Ingredientes:
2 colheres de amido de milho
1 colher de sopa manteiga
1 cebola pequena picada
3 colheres de sopa de molho inglês
1 tablete de caldo de carne
2 chavena de agua
1 chavena de vinho seco
Sal e pimenta
Modo de Preparo
Reserve 5 colheres (sopa) de água para diluir o Amido de Milho.
Em uma panela média, leve ao fogo a manteiga e junte a cebola e refogue, até que esteja levemente dourada. Acrescente o restante da água e o caldo de carne esfarelado. Junte o molho inglês e misture. Acrescente o Amido de Milho previamente dissolvido e o vinho. Em fogo médio, cozinhe, sem parar de mexer, até ferver. Deixe por 4 ou 5 minutos ou até ficar cremoso. Sirva ainda quente, acompanhado da carne a sua escolha.
CURIOSIDADE
Para evitar que o vinho se estragasse, foram adicionados destilados neutros de uva, o álcool vinílico (quase uma cachaça de uva. Isso porque nas longas viagens marítimas, os vinhos estavam expostos ao calor excessivo, junto com o balanço do mar, acabavam tendo seu sabor alterado. Ao acaso, os produtores de vinho da Ilha da Madeira descobriram este fato quando uma remessa não aceita pelos compradores retornou à ilha após uma viagem e retorno. Hoje este fato tornou o produto em um ícone do local, exatamente por essa característica descoberta sem querer.
Sempre que o inverno europeu se aproxima, aumenta a expectativa pelas ondas gigantes de Nazaré que acontecem normalement entre outubro e março. Os melhores surfistas do planeta passam por lá nessa época e proporcionam quebras de recordes todos os anos. Mas o que explica a formação dessas paredes de água em Portugal?
Localizada ao norte de Lisboa, Nazaré recebe as ondulações gigantes geradas nas tempestades do oceano Atlântico, a centenas de quilômetros dali. O que faz com que essas ondas sejam muito maiores na região do que em outros lugares da costa portuguesa é a presença de um cânion submerso, também chamado de canhão – o famoso Canhão da Nazaré.
Canhão da Nazaré
© MAÍRA PABST
“Os cânions são formações geomorfológicas normalmente associadas à erosão da terra provocada por um rio.
Para entender por que o canhão é importante para a formação das ondas gigantes, é preciso entender o contraste entre o fundo do mar das praias de Nazaré e do Norte. Na praia de Nazaré está o canhão, com profundidade que varia de 50 metros a quase 5 mil metros. Enquanto isso, na praia do Norte, o fundo é a plataforma continental, muito mais rasa.
Devido à profundidade, as ondulações que viajam sobre o Canhão da Nazaré não perdem velocidade e tem a sua direção alterada. Já as ondulações que viajam sobre a plataforma continental perdem velocidade e não sofrem alteração de direção. Ambas se encontram em frente ao Farol da Nazaré, a 200 metros da praia. Essa junção faz com que o pico levante ainda mais, fator principal para as condições massivas em Nazaré.
Uns dos records mais conhecidos:
- o americano Garrett McNamara, em 2011 entrou para o Guinness World Records ao ter surfado uma onda de 78 ft (23,8 m)
- 8 de novembro de 2017, o paulista Rodrigo Koxa atingiu a marca de 24,4 metros (80 pés).
- Maya Gabeira renovou o seu próprio recorde do mundo feminino da maior onda surfada, com a Guinness World Records com a marca de 22,4 metros
Hoje fazemos uma viagem à região demarcada de Távora-Varosa, na Beira Alta, a mais antiga do país, para perceber toda a história que existe nas borbulhas do vinho.
Esta história debaixo do chão e termina no auge da festa, porque é afinal a viagem de uma garrafa de espumante. Nenhuma outra bebida passa muito tempo mergulhada na escuridão de uma caverna. É líquido que sela a importância das efemérides e que encorpa os acontecimentos marcantes. Nos últimos anos, ou espumante português começou a perder a vergonha de não ser champanhe e dentrou no mais brilhante período de sua história. Apareceram novos produtores, os mais antigos dão cartas nos concursos internacionais, as vendas não param de crescer.
Em média, necessária – se aqui cinco milhões de garrafas anualmente. A zona foi demarcada em 1989, são 3500 hectares de terrenos, distribuídos por oito concelhos beirões – Tarouca, Lamego, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono, Tabuaço, São João da Pesqueira e Armamar. O Juntamente com na Bairrada, é uma região de efervescência por excelência. A partir daqui saem dois ícones da espumantização nacional, Raposeira e Murganheira. Nos vales dos rios Távora e Varosa, dois afluentes da margem esquerda do Douro, percebe – se muito bem o que está a acontecer hoje no mercado nacional dos espumantes.
Acácio Laranjo era um produtor têxtil da região com negócios em França que resolveu trazer com ele um enólogo da Moët & Chandon para desenvolver um produto de grande qualidade. E ao entrar nas cavernas da empresa, percebe imediatamente o caminho que o magnata quis tomar. Debaixo da terra, nos anos 1940, duzentos metros de corredores foram abertos com dinamite no meio do granito. É uma obra impressionante, como paredes azuis das cavernas de Murganheira mantendo uma temperatura constante de 12,3 graus, seja verão ou inverno.
Existem, grosso modo, três sabores de espumante: doce, meio – seco e bruto. Se na Murganheira produz essencialmente brutos, na Raposeira nos doces, mais baratos e com menores risos de erro claramente, porque os licores consequem retificar qualquer falha do produto. Fundadas em 1898, estas são as mais antigas cavernas de espumante do país. São também ou maior centro da produção portuguesa – e tanto a dimensão como a história são compreensíveis ao primeiro impacto.
A Távora – Varosa não é produtora de produtos de milho, mas é aquela que certificou a fábrica de milho expumante, ou seja, como denominação de origem e garantia de qualidade.
A cidade do Porto é conhecida mundialmente pelo vinho com o seu nome (produzido na vale do Douro), pelas pontes e pelo seu centro historico classificado pelo UNESCO como patrimonio da humanidade. Sem esquecer à sua gastronomia!
Mas o que temos que escrever mesmo no nosso plano de visita?
Aqui vão 10 dicas:
1. CONHECER A SÉ CATEDRAL
A Sé é imponente e de rara beleza no seu interior. É para ser vista e admirada sem pressa, bem como o seu claustro, no lado Sul. Na ampla praça da catedral, se tem uma visão privilegiada da cidade, do rio Douro e parte da Ribeira. Pertinho da Sé, estando no Terreiro da Sé, à esquerda, desces uma escadaria e vai conhecer a Igreja de São Lourenço (Séc. XVI), também conhecida como Igreja dos Grilos, em estilo maneirista.
2. VISITAR AS IGREJAS
Igreja dos Grilos
Lá dentro ficarás deslumbrado com a riqueza de detalhes e o belíssimo retábulo de Nossa Senhora da Purificação, em talha dourada. É chamada de Igreja dos Grilos por ter sido, após a expulsão dos Jesuítas, vendida aos Eremitas Descalços de Santo Agostinho, conhecidos como “Frades Grilos”, que ali permaneceram até 1832.
Igreja de Santa Clara
Esta igreja apresenta um grande contraste entre a extrema simplicidade da sua fachada e o luxuoso interior de entalhes em ouro. Impressiona pela suntuosidade e beleza! Fica junto às Muralhas Fernandinas (Séc. XIV), estando bem próxima do Funicular dos Guindais, que liga o bairro da Batalha à Ribeira, na parte baixa da cidade.
Igreja do Carmo e Igreja das Carmelitas (lado a lado), no bairro da Cordoaria
A Igreja do Carmo possui um imenso painel de azulejos na sua lateral externa e a Igreja das Carmelitas, antes anexa ao Convento (convertido em parte de um quartel) também é muito bonita.
Igreja de São Francisco
Impressiona pela riqueza de detalhes recobertos com mais de 200 kg de ouro e a maravilhosa obra “Árvore de Jessé”.
3. PASSEAR PELA RIBEIRA
A Ribeira é uma area que fica perto do Rio Douro, no centro histórico de Porto. De lá podes ver as caves de vinho e a ponte Luís I. Um lugar de grande charme com as casas coloridas que disputam espaço, no meio das ruas estreitas, com lojas, restaurantes e gente caminhando.
4. VISITAR O PALÁCIO DA BOLSA
Este palácio foi construído no lugar do antigo Mosteiro de São Francisco. Não percas a sala arabe com decorações em ouro e estilo oriental
5.APANHAR O ELETRICO ATÉ O OCEANO
Apanha o elétrico linha 1 da Ribeira até à Foz do rio Douro. É uma viagem curta – cerca de 20 minutos – mas muito bonita.
Atenção: não é um transporte barato pois o bilhete do elétrico custa mais do dobro de um bilhete de autocarro ou de metro.
6. CONHECER A FUNDAÇÃO SERRALVES E O MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA
A fundação cultural é uma das mais importantes de Portugal e o museu é o mais visitado em todo o país. O prédio mistura arquitetura contemporânea com Art Decò e toques de modernismo.
7. COMER UMA FRANCESINHA
Procura uma verdadeira tasca para experimentar um prato inesquecível: a Francesinha. Inspirado na tosta francesa, com vario tipos de carne no recheio e queijo derretido e ovo estrelado em cima. Todo mergulhado num molho extraordinário e acompanhado de batatas fritas.
8.BEBER UM CAFÉ NO CAFÉ MAJESTIC (na Rua Santa Catarina)
Com certeza uma experiencia turística, mas este café vale a pena de uma visita para observar a sua arquitectura de identidade Arte Nova. En 2011 foi considerado um dos cafés mais bonitos do mundo.
9. PASSEAR EM VILA NOVA DE GAIA
Desde Porto, podes cruzar a ponte Luis I à pé. Vai para Vila Nova de Gaia pela parte superior e aproveita para fazer fotos fantásticas! Chegando em Gaia, do lado esquerdo, vê-se, em destaque, o Mosteiro da Serra do Pilar, outra visita inesquecível. E para numa das cavas de vinho de Porto para uma visita e uma degustação.
10.PASSEAR NO MERCADO DE BOLHÃO
Um dos mercados mais emblematico da cidade do Porto. O mercado é vocacionado sobretudo para produtos frescos, sobretudo alimentares.