A Rota do Românico é um percurso turístico e cultural que nos leva no norte de Portugal a descoberta dum património inesquecível.
Composta por mais de 27 programas, com durações que podem ir de 1 a 5 dias, a rota leva-nos a percorrer lugares e monumentos com história e traz-nos memórias do estilo românico. Três regiões, três percursos para descobrir cerca de 60 monumentos e construções românicas em Portugal.
À DESCOBERTA DO DOURO ROMÂNICO: 14 monumentos, entre elos se destaca a Igreja de São Martinho de Mouros, em Resende,
PELO VALE DO TÂMEGA: um percurso por paisagens inesquecíveis e por mais de 25 monumentos. Esta rota inicia-se na Igreja de São Pedro de Abragão e termina na Igreja Salvador de Fervença, passando por Amarante, Celorico de Basto, Marco de Canaveses e por Penafiel.
OS ENCANTOS DO VALE DO SOUSA: neste percurso, composto por 16 monumentos espalhados por Felgueiras, Lousada, Penafiel, Paredes e Paços de Ferreira, destaca-se o Mosteiro do Salvador Paço de Sousa. É uma das construções mais simbólicas e carismáticas do estilo românico no Norte do país. Foi cabeça de um couto doado pelo Conde D. Henrique, pai de D. Afonso Henriques, e tornou-se num dos mosteiros beneditinos mais célebres.
O estilo Românico chega a Portugal no final do século XI, durante o reinado de D. Afonso Henriques, como consequência da europeização da cultura. O termo “românico” deriva, desta forma, das influências do Império Romano, que dominou a Europa Ocidental durante séculos.
Com o aparecimento da cultura românica, foram várias as obras que tiveram início nos mais diversos locais do país, nomeadamente o Mosteiro de Santa Cruz e as Sés de Coimbra, Lisboa e Porto. Sendo este estilo predominantemente religioso, grande parte destas obras foram solicitadas por bispos e abades dos principais mosteiros e dioceses nacionais – Braga, Coimbra, Porto, Lamego, Viseu, Lisboa e Évora.
Alguns dos elementos mais característicos do estilo românico, e que grande parte das construções acabaram por incorporar, foram os aspetos mais teatrais, os espaços mais amplos e sem barreiras visuais – tirando as zonas de culto -, as plantas longitudinais – em formato de cruz -, as abóbadas de berço, as poucas janelas, arcos de arquivolta, esculturas, vitrais, tapeçarias e pinturas inspiradas na religião católica – onde era utilizada a técnica do afresco, com cores vivas e fortes. Estes últimos elementos eram muito importantes porque, na Idade Média, poucos sabiam ler e escrever e, assim, estas pinturas serviam de “alfabetização religiosa”.
A escultura românica era utilizada, sobretudo, para adornar os locais sagrados. Por isso, o principal foco era a religião. As esculturas apresentavam formas pouco naturalistas e normalmente representadas por figuras entalhadas nas paredes das igrejas.
Podemos encontrar as marcas desta cultura um pouco por todo o país, seja ao nível da arquitetura como da pintura e escultura, principalmente nas zonas norte e centro.
Uma maneira diferente de visitar Portugal, uma viagem no tempo que está esperando por si